sábado, novembro 29, 2008

Poema de Id Ego - ñ reparem-me os olhos |para igor adorno|


ele, o pai do seu próprio filho
o estrito, estreito, esse do peito
mas ñ mais sozinho
no ar
rarefeito de esculturas
tropeçando no caminho
quebrando a perna
inscrevendo rasuras
um anjo vertical
desses q vivem no claro
ou no x da questão
ou em toda parte
em todo todo
um tanto sim
q só um ñ
um doar-se sem freio
sem dó
|a vaia ñ usa botox|
o riso
de quem se freqüenta o próprio pó
nutrindo o olho gordo à luz constante
noite e dia
seu novo poema velho
talvez vire poema
mas já é poesia
a piada leminskiana
insensação
mas elegância
olhar q é adiante
até se ñ
ainda que rude o maquinário:
um irônico crônico
lúbrico e lubrificado
brega como o diabo
no seu peito oco: trocados
de um amor q esvazia o vão
pulsar sobre o entulho da vida?
sei lá
perguntem às flores q surgirão

3 comentários:

iglucadorno disse...

Eu,pelos olhos de Id Ego.
Fiquei bonito, não?

gilson figueiredo disse...

bonito é ver q ele é melhor poeta! hehehehe

Álvaro Andrade disse...

muito bom.
vim aqui ler os últimos, novembro, dezembro.
cada vez melhor.