terça-feira, outubro 23, 2007

Le renegat (Para Jemes Martins e Tristan Corbiére)

Foi no Sieiro, te juro.
Vi um doar-se, sem dó,
de vela no escuro,
de quem se frequenta, sem freio, o próprio pó.
A outra face a entregar-se sem névoa
ou coisa pouca
ao humano ofertado
nos lábios noivos
da louca.
É por isso que digo do arrojo
renegado
do puro de tanto purgar-se
de todos os nojos.

Um comentário:

jorge augusto da maia disse...

Muito bonito.... muito bonito. muito.
"espelhos embaçados onde nos vemos"
tá massa.

abraços